domingo, 20 de dezembro de 2009

POEMA

Aldeia das Mestras

A NOVA CAUSOU DESNORTE


V


Nas Mestras ao fundo e a Norte



Era há muito venerada



Senhora da Boa morte



Deixou de ser festejada



A lenda foi praticada



Mas com um pouco de sorte



Creio não foi esborratada



Contudo menosprezada



A nova causou desnorte





Ernesto Rosa

SENTIR A POESIA

Por Adriano Pacheco

Sentir a poesia, é sentir um mundo onde podemos estar próximos do perfeito (ideal) que, de um momento para o outro podemos afastarmo-nos, no mais pequeno deslize. Não vivemos, não caminhamos sozinhos, mas poetizamos sozinhos tal como sentimos o vento de forma solene. Os momentos solenes e poéticos são únicos, raros.

A poesia é a arte de escutar. Ir além da palavra solta e ficar nas sílabas, nos sons, no puro som onde começa a poesia. Chegar aí, é entrar no patamar onde se sente o sussurrar do vento e a erosão mansa do tempo.

Esta experiência humana transportada anos sem fim, aproxima-nos, devagar e às escuras, do horizonte poético mais fundo. Do mais profundo de nós. A seguir temos duas sensibilidades distintas na forma de sentir a poesia. Vejamos:

UM ENTRE TANTOS

***

Sou um, entre tantos

Agarrado neste alvorecer

Labirinto onde me encontro

me enleio e livre me solto

No clarão do amanhecer

***

São sinais de vida e encanto

Num povo que se quer tanto

Paxiano

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O TEMPO NÃO MORRE



Escolhe o teu reino e fica
ao relento
Sobe ao penedo enquanto
navegas
Poisa o olhar no fundo
da ravina
Eleva-te nas ondas do espaço
E observa o tempo de cima

Liberta-te do chão que
te amarra
Num gesto de gratidão
Que o espaço solta, agarra
esquece, ou lembra
O mais belo da solidão

Depois, só o pensamento
viverá contigo
Onde tudo é tão estranho
sem medida nem tamanho
Tempo que não morre, nem...
se liberta vivo

O tempo não morre... não morre
Apenas se consome.

Poema cedido por Paxiano

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

POESIA " DOS CONVIDADOS PRESENÇA"

Hoje começo aqui uma nova etapa neste blogue.

Pois, foi com muito prazer que aceitei publicar aqui alguma poesia escrita por "poetas" desta terra. Pessoas que gostam de escrever aquilo que lhes vai na alma.

Como eu sempre gostei de poesia e também tento escrever qualquer coisa parecida com "poesia" desde pequena, é ainda com maior prazer que passo a partir de hoje a publicar toda a poesia, historias etc...que me queiram mandar e que de uma maneira ou de outra tenham a ver com gentes da nossa terra.


A poesia é um mundo de emoções que fervilha no interior de cada um de nós. Deixar despertar essas emoções, partilha-las com os outros e viver com eles esse mundo de fantasias.

Ler e escrever poesia é uma forma diferente de comunicar, transmitir o que vai dentro da nossa alma e ver/percepcionar o mundo envolvente.

Este poema foi escrito pelo Sr Ernesto Rosa, é um dos vários que o mesmo escreveu sobre o livro " Rasto dos Barrões" de Adriano Pacheco.

I

DOS CONVIDADOS PRESENÇA


Após síntese explana

Pelo senhor Engenheiro

Foi a minha alicerçada

Mote saiu do tinteiro


Havia que ler primeiro

Para de pois escrever

Desmatado o carreiro

Prevendo trilho manter


Não esqueci meu dever

Ao autor pedir licença

Respondeu ser um prazer

Acaso com pouca crença

Dos convidados em presença


Poema de Ernesto Rosa

sábado, 31 de outubro de 2009

"A CASTANHA"

Foto das castanhas nos ouriços
Foto de um Magusto de Castanas
"Retirada do blogue da Aigra Velha "

Sendo esta aldeia conhecida pela boa castanha, todos os habitantes têm os seus castanheiros. Agora é o tempo deste belo e saboroso fruto. Há muitas maneiras de o cozinhar: assadas, cozidas, secas, piladas....

Primeiro, as pessoas vão apanhá-las ainda verdes, espalham-nas no chão do telheiro ou sótão para secarem um pouco, depois são esfoladas, tira-se um bocadinho da casca e cozem-se nas panelas só com água. As que têm casca cozem-se assim simples. Em estando cozidas ou assadas a casca separa-se bem.


Outras são secas nos caniços, são as chamadas castanhas piladas. Pisam-nas com os tamancos, com os pés, em cestos para sair a cascas. A casca sai toda! As castanhas ficavam limpinhas que até pareciam plumas, muito branquinhas. E com essas é que se fazem muitos pratos.

Cozidas só com água e no dia seguinte estão docinhas, é só comer, chamadas as castanhas de caldo. Outras cozem-se com arroz, outras faz-se sopa com feijão. Fazem-se de muita maneira e com muita qualidade. Tem castanhas ao longo do ano todo, porque são guardadas. Só vêem nesta época. Umas são vendidas, pois têm procura e cada vez mais é um produto muito raro. Outras são guardadas. Toda a gente nesta terra tinha muita castanha que se tornava governo para todo o ano. As pessoas tinham e ainda tem para seu consumo a batata, feijão, milho, couve, tomates, cebolas etc.…Mas também outros frutos como as castanhas.

No dia de todos os Santos há o magusto. Cada pessoa da aldeia dá um saquinho de castanhas e no largo comemora-se o magusto. Primeiro uma camada de caruma, depois uma de castanhas, depois outra de caruma, deitava-se o lume e ia-se mexendo e acrescentando mais caruma até estarem assadas, no final o assador com uns ramos de carqueja batia nas castanhas e dizia: amacia, amacia castanha da Ásia, quando eu era casado também a sim fazia.

Todos comem castanhas e bebem a jeropiga ou água-pé e aproveitam para na brincadeira enfarruscar a cara a quem está ao seu lado.

Estes convívios são importantes, pois mantêm o povo unido e não se deixa perder a riqueza das nossas tradições.

Quem tiver fotos dos magustos da nossa terra e queira partilhar com os outros e favor mandar para o meu e-mail eugeniasantacruz1@gmail.com ou eugenia-santacruz@hotmail.com e eu as publicarei neste blogue.

domingo, 18 de outubro de 2009

"GOIS ANTIGAMENTE"



ANTIGO HOSPITAL DE GOIS ROSA MARIA
Foto de Acácio Moreira

PONTE MANUELINA
Foto de Acácio Moreira

GÓIS - 1967
Foto de Acácio Moreira

CASA SOLARENGO - GOIS
Foto de Acácio Moreira

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"O CASTANHEIRO"

O castanheiro é uma árvore. Há castanheiros bravos e mansos.Com a madeira dos castanheiros bravos fazem-se cestas que servem para transportar vários produtos. O castanheiro manso dá-nos a castanha e a madeira.Quando os castanheiros estão doentes, os homens cortam-nos e aproveitam a lenha para fazer o lume.
Um castanheiro adulto tem entre 25 a 35 metros de altura. As folhas são pecioladas, compridas com cerca de 20 centímetros de altura, são rígidas e brilhantes e caem durante o Outono porque o castanheiro é uma árvore de folhas caducas. Cada ouriço tem entre 1e 3 castanhas.
Na aldeia do Corterredor há muitos castanheiros e castanhas, deixo aqui um desafio, à Comissão de Melhoramentos desta terra.
Porque não marcar um magusto nesta linda aldeia no Largo da Comissão Melhoramentos recentemente inaugurado! Para que todos juntos possamos passar umas horas divertidas e desfrutar deste lindo espaço.
Podem contar com a minha ajuda e como se pode constatar na recente inauguração com a ajuda de todos.
A castanha foi, durante muitos anos o principal alimento das populações rurais das regiões montanhosas propícias à cultura do castanheiro. O seu consumo atingia proporções elevadas, principalmente durante o Inverno.Era um produto alimentar muito apreciado. Com a castanha também se fabricava o pão. A castanha também se pode misturar com carne, leite e legumes.
Eu já pode provar várias comidas que levam castanha. Mas recordo o sabor da sopa de castanha. que quando era mais jovem e saía de manhã para trabalhar e só regressava à noite, muitas vezes o meu almoço e dos meus irmãos era caldo de castanha cozinha e confesso que durante a tarde não havia fome.
Estas castanhas eram preparadas da seguinte maneira:

Lavava-se as castanhas piladas, deitavam-se numa panela com muita água (e um pouco de sal) deixava-se cozer até estarem bem cozidas. Guardava-se de um dia para o outro para o caldo ficar bem doce. Depois é só comer.
Hoje utilizo este produto para várias receitas.

TRONCO

OS OURIÇOS CHEIOS DE CASTANHAS

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

LARGO COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DO CORTERREDOR

Este fim-de-semana realizou-se a inauguração do Largo da Comissão de Melhoramentos do Corterredor.
Um local muito agradável com uma vista maravilhosa para a aldeia com casa de xisto que fica num dos mais belos recantos do nosso Portugal.
O dia começou com os últimos preparativos para que tudo corresse bem.Bem cedo começaram a colocaram as mesas no largo que foi inaugurado, debaixo dos castanheiros carregados de castanhas, onde por volta das 13horas foi servido ao delicioso arroz de feijão (cozinhado pelas senhoras) acompanhado pelo porco assado no espeto, a aletria e arroz doce (que estava simplesmente delicioso) as filhós, a broa e o vinho.
Todas estas iguarias foram servidas na tradicional louça de barro.

Mas, antes do almoço foi feita a inauguração deste espaço por elementos da Comissão de melhoramentos do Corterredor, representantes da Câmara Municipal de Góis, da Junta de Freguesia do Cadafaz, além de outras individualidades.
Foi um dia bem passado e se já era muito agradável visitar esta aldeia a partir de agora ainda mais agradável se tornou, pois o espaço conta com mesas, um bar, uma churrasqueira, casas de banho, enfim existe várias razões para que visitem este local.
Bem hajam a todos os que compareceram.
Deixo aqui algumas fotos para recordação. Click para abrir as fotos. Poderão ver na integra as fotos tiradas num video existente neste blogue.








sábado, 26 de setembro de 2009

INAUGURAÇÃO DO LARGO COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DO CORTERREDOR


Foi com alegria que eu e a minha família tivemos conhecimento do almoço de inauguração do Largo Comissão de Melhoramentos que se vai realizar no dia 4 de Outubro de 2009 (Domingo) na aldeia do Corterredor.
É com agrado que continuamos a ver que as nossas aldeias vão melhorando de ano para ano.
O local já existia e já era muito agradável passar ali um bocadinho junto à ribeira a ouvir a água a correr e à sombra dos castanheiros, mas a partir de Domingo, dia 4-10-2009 as condições passaram a ser bem melhores.
Quem visitar esta aldeia encontra um local com mesas, churrasqueira, casas de banho etc. para poder fazer um piquenique com a família e passar um dia agradável.
A ementa é Porco no espeto, arroz de feijão, bom vinho a sobremesa é surpresa.
Venha visitar a aldeia do Corterredor e será bem recebido.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Rasto dos Barrões" no Corterredor

Aquele vale do Ceira onde as encostas são mais íngremes e o solo mais pedregoso, as margens mais alcantiladas e apertadas, a paisagem reverdejante e a quietude se estende para montante, é o percurso mais genuíno dum rio que galga da montanha para ali ir perdendo o declive, na mira de encontrar um leito mais suave até à foz. O trajecto mais montanhoso mereceu-nos uma observação sobre usos e costumes daquelas gentes, com o propósito de deixar um registo bem vincado na memória. Não se trata duma monografia mas duma verdade ficcionada.
Este registo não pretende ofuscar o enorme e afincado trabalho dum regionalismo feito de lutas e paixões que, ao longo dos tempos, tem clamado pela maior visibilidade das suas aldeias, cujos habitantes vão dando a rica presença humana à serra que, à primeira vista, parece nua intransponível e desabitada. É uma aguarela fresca que estas margens nos deixaram nestes acessos difíceis, onde o verde e as rochas vão coabitando sem conflitos, tal como as gentes beirãs, de grande apego à sua terra, vão estabelecendo uma dimensão humana por aqueles vales além. Não fora a nossa qualidade de serranos e o espanto nos teria assaltado com maior intensidade.Este vale verdejante onde existe a profunda e verdadeira ruralidade típica, protegida de toda a poluição, aberto ao nosso conhecimento em tempos de "vacas magras", onde a tarefa do carvão era uma marca serrana, cuja figuração, hoje só poderia existir no nosso imaginário como se duma visão da tarde de calor se tratasse. Pois bem, este vale (melhor ou pior caracterizado) foi palco das personagens de "O Rasto dos Barrões" que retratam bem a têmpera dos homens que foram capazes de lutar contra adversidades que a montanha lhes impunha, os meios lhes restringem o folgo, mas o querer e a vontade indómita lhes aguçava o engenho e a arte. Tempos difíceis!Aqui, neste palco oferecido pela natureza, vai ocorrer uma cerimónia em homenagem aos carvoeiros, executantes duma tarefa árdua tão difícil quanto perseguida, aos santuários erguidos pela montanha em que o homem é apenas e só contemplador, excepção feita à capela da Sr.ª do Desterro. Destes marcos históricos, "O Rasto dos Barrões" vai deixar um testemunho público, na aldeia do Corterredor onde a Marquinhas tinha a taberna, o Raimundo se desunhava para conquistar esta beldade beirã. Não esquecendo a ti'Zulmira sardinheira que atravessava a serra com a canastra à cabeça para ganhar a vida sem vergonhas do mundo. Vida difícil!

Ficam assim convidadas as gentes das Mestras, Corterredor, Cabreira e toda a freguesia do Cadafaz, para uma cerimónia que dentro em breve terá lugar na aldeia do Corterredor, dando a conhecer o livro "O Rasto dos Barrões" que fala da vossa terra.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 17/09/2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

AS NOSSAS GENTES

Como é bom recordar o passado…

Assim, deixo aqui algumas fotos que me foram dadas pelo Arménio e pela D. Belmira.
Pena não conseguir publicar as que foram dadas pelo Sr. Manuel, (da Carvalheira), pois penso que foram mal digitalizadas e o blog não as aceita. Prometo que quando conseguir as publicarei.
Deixo aqui um apelo a quem quiser partilhar as suas fotos e dos seus antepassados que pertenceram a esta terra ou de ocasiões como por exemplo festas e acontecimentos importantes, poderá faze-lo para o mail eugenia-santacruz@hotmail.com. ou eugeniasantacruz1@gmail.com
Eu terei muito gosto em as publicar neste blog que só tem um objectivo: dar a conhecer a nossa terra, o nosso povo e as nossas tradições.

Clik em cima das fotos para abrir
Fotos cedidas pela D. Belmira

Foto cedida pelo Arménio

SARDINHADA NO CORTERREDOR

Foi com muita alegria que recebi o convite para estar presente na sardinhada organizada pelo Arménio e o meu cunhado Orlando que se encontrava de ferias nesta bela aldeia.

O dia começou com as compras da sardinha. Chegamos ao Corterredor já estavam as batatas cozidas as saladas feitas e a mesa posta. Como se tratava de um piquenique a mesa estava na rua debaixo das oliveiras junto a porta da Deolinda.
Alem da bela sardinha, não posso deixar de dizer que a prima Zulmira fez uma bola de carne no forno a lenha que estava uma delícia, assim como o pão-de-ló.
O Sr. Manuel da Carvalheira e a sua esposa deram-me uma fotografia (que tem 70 anos), o Arménio uma que tem +/-30 anos, mais tarde irei partilhar com todos os que visitam este blog as mesmas.
Estes momentos enriquecem-nos interiormente. É muito bom recordar o nosso passado, pois sem ele não haveria o presente.
Foi um dia bem passado na companhia de amigos e familiares, espero poder repetir este convívio para o próximo ano.
Bem haja a todos.
As fotos deste dia para mais tarde recordar. Clik para abrir


A sardinha estava bem assada, parabéns aos assadores.




Que belo convivio.



Foi num forno como este que foi cozida a broa e a bola de carne.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O QUE É SER BOMBEIRO

Ser Bombeiro é mais que uma profissão, é sem dúvida uma vocação pelo simples prazer de proteger a vida
Não existe nada mais nobre que salvar vidas. E os Bombeiros entendem disso mais que ninguém, por que investem corpo e alma numa profissão de alto risco
E tudo isso para que todos aproveitem os melhores momentos de suas vidas com segurança e tranquilidade
Ser Bombeiro é acima de tudo amar e proteger a vida até o ultimo instante
Ser Bombeiro é trabalhar por amor á vida dos outros
E como alguém disse: Bombeiro: a mais exacta tradução de ser "humano"
Mas toda essa coragem, força e paixão pela profissão não seria possível se não houvesse pessoas como vocês que não são bombeiros, mas com certeza são de coração e estão sempre ao nosso lado!!!!

Desde muito nova que a palavra bombeiros faz parte da minha vida. Os meus irmãos João, Arlindo José e Filipe Santa Cruz foram bombeiros. O meu irmão João ainda hoje faz parte da corporação de bombeiros Voluntários de Góis, está no quadro de honra.
Lembro-me das noites passadas em claro ao lado da minha mãe, pois sempre que os filhos saíam em serviço dos bombeiros não dormia. Com o tempo foi-se habituando, mas coração de mãe nunca está descansada. Sentia muito orgulho nos seus meninos por estarem sempre disponíveis para ajudar os outros, (ela à sua maneira era o que fazia no seu dia-a-dia).
Os meus Primos também foram e alguns ainda são bombeiros. A Dina Marlene Bandeira e a irmã Patrícia Bandeira (minhas primas) são um exemplo para quem quer ser bombeiro por vocação, como ela diz no seu testemunho dado numa entrevista ao Jornal O Varzeense.
Hoje compreendo melhor que ninguém a aflição da minha mãe e de todas as mães cujo os seus filhos são bombeiros, pois há um ano que a minha filha mais nova (16 anos) faz parte desta grande família. É bombeira no Quartel de Bombeiros Voluntários de Sintra. Desde pequena que ela queria ser bombeira, mas confesso que me esforcei por lhe retirar esta ideia (tinha e tenho muito medo) Todo este meu esforço não resultou, já lhe está no sangue,. Tenho muito orgulho na minha filha, mas sempre que ela sai para ir para os bombeiros, fico com o coração bem pequenino.

É desde criança que se tem que despertar o interesse pelo voluntariado e o gosto pelos bombeiros.
Os bombeiros voluntários de Sintra têm uma escola de Infantes e de cadetes que vai dos 4 aos 18 anos, acredito que estes jovens serão os bombeiros de amanhã.
Góis já tem uma pequena infanta, a Lara Daniela Monteiro Nunes, com apenas 3 anos mal ouve o toque dos bombeiros ou das ambulâncias corre para o quartel.

A Rita Lourenço (minha filha)



Deixo aqui parte da entrevista dada ao Jornal O Varzeense:

“Francisco Dias apelou à entrada de novos elementos para os Bombeiros e incitou principalmente à consciência dos jovens referindo: "ser bombeiro contribui para uma sociedade melhor, adquirem-se muitos conhecimentos e é uma missão gratificante".
O Corpo de Bombeiros de Góis, acrescentou o seu comandante "espera por jovens a partir doa 16 anos e pensa-se, dentro em breve, poderem integrar crianças desde os 11/12 anos, começando desde pequeninos a ser dotados de formação e motivação".
Na opinião de Francisco Dias, é desde criança que se tem que despertar o interesse pelo voluntariado e o gosto pelos bombeiros e é sem dúvida essencial a presença de jovens nos Bombeiros, por isso, deixou um apelo aos jovens do concelho de Góis: "olhem para a sociedade em geral, compreendam a necessidade de existir bombeiros e venham juntar-se a nós".

“Dina Marlene Bandeira deu o seu testemunho como bombeira.Para além de ser uma coisa que sempre a fascinou, tinha familiares nos bombeiros, pelo que, com apenas 17 anos ingressou na Associação e iniciou a sua formação, deslocando-se de Coimbra a Góis todas as sextas-feiras, em conjunto com a sua irmã, para frequentarem a escola de cadetes aspirantes. Ainda sem carta de condução agradece à sua mãe que as acompanhava semanalmente.Dina concluiu a sua licenciatura sempre em simultâneo com os bombeiros. Mais tarde conciliou a sua vida profissional e política, nunca deixando de prestar voluntariado nos bombeiros de Góis. "É perfeitamente possível", afirma Dina Marlene dizendo que, foi sempre uma boa experiência, que lhe forneceu maturidade e conhecimentos, para além de, na sua opinião, ser gratificante conseguir ajudar os outros. Apesar de não estar nos bombeiros para lhe agradecerem, confessa que é extremamente gratificante quando alguém lhe diz: "obrigado pelo que fez por mim".
A bombeira Dina lamenta o facto de terem saído alguns elementos dos bombeiros, facto que justifica, talvez por motivos de ordem profissional ou pelas actuais exigências da actual legislação.
Tal como o comandante, também Dina Marlene afirma que a legislação, apesar de exigir mais, não exige nada de anormal, visto que, afinal exige aquilo que já se fazia.
Dina acrescentou: "agora já um mínimo de horas em termos de formação, piquetes, assiduidade ao quartel, mas não é nada fora do normal" e acabou por confessar: "para se socorrer bem há necessidade de se estar bem informado. Os tempos mudam e as exigências também têm que mudar" e exemplificou que para se ingressar no curso de INEM (pré-hospitalar) é necessário ter pelo menos o 12.º ano. Dina lamentou ainda o facto de haver apenas quatro bombeiros com curso de tripulante de ambulância de socorro, o que, na sua opinião, é muito pouco.
A bombeira Dina tem notado que, ultimamente, as instituições e particulares já começam a pensar em apoiar os bombeiros, dando o exemplo dos "Irmãos Figueiredo" que permitiram a realização de um baile a favor dos bombeiros e a ajuda que os escoteiros têm prestado, sempre que solicitados.Dina Marlene é ainda delegada da Juvebombeiro que tem por missão: a mobilização dos jovens inseridos em corpos de bombeiros voluntários entre os 14 e os 30 anos, de modo a sensibilizá-los e motivá-los para os valores subjacentes ao associativismo e ao voluntariado nos bombeiros, implicando-os na realização de acções concretas de solidariedade e convívio, a fim de que assumam responsabilidades e desenvolvam o espírito de iniciativa no âmbito da instituição de que fazem parte integrante, garantindo, assim, a sua continuidade. É ainda intenção da Juvebombeiro promover campanhas de sensibilização entre a população e continuar a fazer campanhas de avaliação de glicemia e tensão arterial.
Dina Marlene Bandeira deixou ainda um apelo aos jovens, para que ingressem não só nos bombeiros, mas também nas restantes instituições locais, como os escoteiros, filarmónica, futebol, entre outras, de forma a desenvolverem o voluntariado e construírem o seu bom carácter.
Lara Daniela - Um exemplo a seguir
Lara Daniela Monteiro Nunes, com apenas 3 anos e meio e muita dedicação aos Bombeiros, referiu ser esta a sua maior paixão.
Recorde-se que Lara é filha de: Cátia Nunes e José Nunes (bombeiros) e neta do, também bombeiro, Celestino Nunes.
A pequena Lara afirmou ao nosso jornal que há mais de um ano que corre para os bombeiros sempre que a deixam, mas o seu avô foi mais longe e arriscou mesmo que a Lara "é bombeira desde que nasceu".
Tudo parece fascinar a Lara, desde as ambulâncias, aos carros, passando pelo toque da sirene, mas é, sem dúvida, a farda que mais a fascina.Aprumada e a marchar com o passo certo, já estreou a sua farda, este ano, na procissão realizada em Góis, no dia do "Corpo de Deus".
Lara promete fidelidade aos bombeiros e deseja ansiosamente crescer rápido para poder participar ainda mais activamente no Corpo de Bombeiros de Góis.”

in O Varzeense, de 15/07/2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

CORTERREDOR - FESTAS DE VERÃO

Corterredor - Festas de Verão 2009
Nos dias 8 e 9 de Agosto decorre a tradicional festa de Verão em Corterredor organizada pela sua Comissão de Melhoramentos.
A festa tem o seu início dia 8 com o seguinte programa, pelas 8:00 horas abertura com música através da aparelhagem sonora, pelas 10:00 abertura da quermesse e bar, a hora ainda não confirmada será rezada missa na capela de Nossa Senhora da Conceição por alma de todas as pessoas falecidas que foram desta povoação, em particular os sócios da Comissão de Melhoramentos, alguns deles fundadores desta Comissão. Das 16:00 às 20:00 tempo preenchido com diversas actividades.
Pelas 20:00 horas está prevista a chegada da organista Magda Sofia que com as suas músicas abrilhantará o baile durante a noite para quem poder e souber fazer o gosto ao pé.
Dia 9 pelas 16:00 horas haverá a tradicional sardinha assada e entremeada para todos os Corterredorenses e para todos aqueles que nos queiram visitar e associar ao nosso convívio.
Corterredor aguarda nestes dias a chegada de alguns Corterredorenses à sua terra natal para participar neste convívio, alguns deles aproveitando para passar uns dias de merecidas férias fora da agitação das grandes cidades.A direcção da Comissão de Melhoramentos apela a todos sem excepção para participarem neste evento que é de todos, pois só assim podemos fazer com que Corterredor não volte ao esquecimento de alguns anos atrás onde pouco ou quase nada se fazia pelas aldeias encravadas na serra, vamos todos juntos fazer com que a Comissão de Melhoramentos e as autarquias locais possam fazer ainda mais e melhor pela nossa aldeia, a direcção da Comissão de Melhoramentos aproveita a oportunidade para agradecer à Câmara Municipal de Góis e Junta de Freguesia do Cadafaz as obras que estão a fazer no largo do fundo do valeiro que graças a uma boa colaboração entre si foi possível um sonho antigo desta comissão estar prestes a ser uma realidade, sendo estas obras de grande utilidade para a gente da nossa aldeia mas também para quem nos visita encontrando ali melhor qualidade e bem estar, era bom que na altura da festa já se pudesse desfrutar deste belo espaço, seria uma bela prenda de férias para os Corterredorenses.
A Comissão de Melhoramentos
in Jornal de Arganil, de 30/07/2009
posted by Damião de Góis at 7/31/2009 08:12:00 PM

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"CENTRO DE DIA DO CORTERREDOR"

Tive o privilégio de visitar o futuro Centro de Dia desta aldeia, vai ser com toda a certeza uma mais valia para todos os residentes e para quem visitar esta terra. Tem dois quartos de dormir que vão servir para quem precisar de ali ficar e reunir as condições exigidas, tem cozinha, sala de refeições, que serve também para sala de convívio, WC e outra sala que de certeza vai ser muito útil.
Espero poder estar presente na inauguração e sempre que precisar ter ali uma porta aberta, eu e qualquer pessoa, pois poderá ser um cantinho para tomar-mos um chá e para nos conhecermos melhor.
Bem hajam a todos os que fizeram com que este sonho se torne realidade. A sua inauguração está prevista para Setembro ou Outubro do corrente ano.
Ficam aqui algumas fotos deste Centro de Dia.
Vista da parte de fora do Centro de Dia

Escada acesso a sala de refeições. Foto WC

Entrada para os dois quartos


Vista do interior dos quartos

Escada para o andar de cima



A sala de convívio e refeição

CENTRO DE CONVÍVIO

Sempre que visitar o Corterredor (principalmente no mês de Agosto ou aos fins de semana) terá à sua espera uma bebida fresca ou um cáfe que pode tomar nesta casa de convívio, com uma vista magnifica sobre a aldeia e ao som da água que corre na ribeira.
Clike em cima de Todas as Fotos para abrir

Lápida que se encontra à entrada da Casa Convívio

O antes e o Depois

A antiga escolaprimária. Agora casa de convivio.


O bar, onde entre outras coisas, podes beber o teu café.

Pena esta fonte não verter água!