terça-feira, 30 de junho de 2009

A ALDEIA QUE ME "ACOLHEU"

Conheci esta aldeia na minha juventude, pois por laços do matrimónio abracei esta aldeia (e as suas gentes) como se da minha se tratasse, já lá vão 25 anos.
Tenho passado bons momentos com a minha família neste lugar. O meu pai faleceu era eu muito nova, mas poucos anos depois Deus deu-me a sorte de conhecer o Sr. Manuel Lourenço, meu sogro, que eu amei como se fosse meu pai. Deus levou-o dia de Natal à 5 anos atrás, mas continua no meu coração. Era um ser humano formidável, partiu dia do nascimento de Jesus, pois tinha que ir para o céu mais um anjo.

É nas fases difíceis da vida que se vê a autenticidade e o carinho deste povo, eu pode verificar isso mesmo na doença do meu sogro. Como estávamos longe não nos era possível estar todas as horas presentes, mas a minha sogra pode contar sempre com a ajuda destas gentes maravilhosas. Bem hajam a todos!

Continuo a ir várias vezes ao longo do ano a esta aldeia, pois felizmente a minha sogra ainda é viva. A sua casa fica na encosta da aldeia.
Gosto de me levantar cedo, ir ao terraço e ouvir a água a correr na ribeira, sinto paz naquele lugar.
Os seus habitantes são muito simpáticos, recebem com simpatia quem os vai visitar. Já lá passaram férias amigos nossos, alugaram uma das casas de habitação rural que ali existem. Adoraram esta terra e o seu povo.
Para mim é muito bom ouvir elogios de quem visita estes tesouros perdidos nas encostas do nosso Portugal.

Prometo voltar a este blog sempre que tenha novidades, conto com a ajuda de todos. Se tiver acontecimentos do passado ou presente que queira partilhar pode enviar-me para o mail: eugenia-santacruz@hotmail.com. Penso que cabe-nos a nós mostrar o que à de melhor nas nossas aldeia.

domingo, 28 de junho de 2009

ALDEIA DO CORTERREDOR

Quando se sobe o vale do Ceira em direcção ao Corterredor, a estrada trepa a serra ziguezagueando ao longo da encosta da Ribeira do Corterredor e passa de florestas de pinheiros e castanheiros para terraços de terra de cultivo e oliveiras. A aldeia é uma das mais bonitas da região de Góis. As casas de xisto são muito mais altas do que é usual, algumas chegam a ter 4 andares e foram construídas uma ao lado da outra.


Outra peculiaridade da aldeia é que os buracos para encaixar os andaimes, utilizados na construção, ficaram sem enchimento, deixando assim buracos regular de cerca 10 x 10 cm nas frentes dos edifícios. Um dos mais rústicos e pequenos lavadouros de todas as aldeias encontra-se no Corterredor e contrasta com o moderno lavadouro de cimento pintado de branco que se situa no cimo da povoação. Íngremes e apertadas ruas sobem íngreme até à pequena igreja, dedicada à Nossa Senhora da Conceição.


A torre desta foi construída estendendo-se por cima dos sinos para assim dar espaço ao relógio. Um pouco acima da ponte de um arco, na outra parte da ribeira, encontra-se o lagar, apto para trabalhar mas que já não é utilizado. A rua principal continua atravessando a aldeia e tornando-se numa estrada florestal que leva até a aldeia das Mestras. A velha estrada de carros de bois no oeste do Corterredor sobreviveu e as ranhuras provocadas pelas rodas de ferro ainda estão visíveis e seguem o vale do rio para fora, passando por várias quintas abandonadas.
De acordo com uma fonte, o Corterredor foi o lugar de nascimento do Barão de Louredo (embora que uma outra fonte cite a Sandinha). Nascido com o nome de Manuel Lourenço Baeta Neves em 1814, tornou-se Barão pelo Rei D.Luis I em 1869, e foi responsável para muitas boas obras na freguesia de Cadafaz, incluindo a construção de pontes no Corterredor e na Cabreira.

Esta aldeia pretence ao concelho de Góis que fica no coração da zona Centro de Portugal, no distrito de Coimbra, a cidade mais próxima, a 40 km. O concelho divide-se em 5 freguesias. A sede de concelho é a vila de Góis, onde está a Câmara Municipal.


A região tem sensivelmente 150 aldeias, a maior parte das quais possui história com centenas de anos. A área é rica em vestígios arqueológicos, com milhares de anos, dos quais são exemplo os petroglifos da Idade do Bronze.


A riqueza mineral da região foi provavelmente explorada ainda na Idade do Bronze, existindo indícios de minas de ouro desse período. O ouro também fez com que os Romanos viessem para a zona, sendo Góis possivelmente uma vila já existente no período Romano. As montanhas circundantes contêm volfrâmio, sendo a sua exploração responsável pelo aumento da população verificada entre 1900-1950- o ponto alta da exploração mineira é o período da II Guerra Mundial, devido á elevada procura deste mineral.


A maior parte do concelho é florestado, na totalidade 248km. Os vales criados pela passagem do rio e as encostas repletas de árvores formam uma combinação perfeita para a prática de todo o tipo de desportos, desde a caminhada, BTT, canoagem, escalada, equitação. Por todo o lado as vistas são soberbas, e a área possui uma enorme abundância de vida selvagem, tendo também muito para oferecer a artistas, fotógrafos e observadores de animais. Para os menos energéticos, o Rio Ceira acalma na parte Norte do Concelho, fornecendo várias praias fluviais.

Fotos da Aldeia:
























Texto e fotos retirados de http://florestaverde.no.sapo.pt/Gois e http://www.goisproperty.com/