quinta-feira, 30 de dezembro de 2010




DESEJO A TODOS OS LEITORES DESTE BLOG UM FELIZ ANO DE 2011, COM PAZ, SAÚDE E AMOR

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

DESEJO A TODOS OS LEITORES DESTE BLOG UM SANTO NATAL E O MELHOR 2011 POSSÍVEL !

Nesta época Natalícia
Damos ao outro muito carinho
Mas não podemos esquecer
De dar também ao Deus menino!

Amar e perdoar são qualidades
Que nos devem sempre acompanhar
Nesta quadra santa, ama e perdoa,
Dobra o amor que tens para dar.

Uma estrela vem de Belém
Anunciar o Deus menino
Outra segue para todas as casas
Para guiar o nosso caminho.

Lembramo-nos dos que precisam
E nada têm, nem sopa nem pão
Que a estrela que paira no céu
Alimente o seu coração

Nestes tempos de dificuldades
Vamos aproveitar para repensar
Onde podemos melhorar
E um novo ano começar

Repara a manjedoura pequenina
E entenderás a bênção que te invade,
Que Jesus nos coage à disciplina
Pelo agreste caminho da humildade.

Que as nossas prendas de Natal
Sejam paz, amor e compreensão
Que ao longo de todo o ano
Invadam o nosso coração.

Esqueçamos então todo o mal,
Neste tempo de Amor!
Votos de um Santo Natal
Um abraço cheio de calor!

Poema de: Eugénia Cruz
Natal 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

FESTA EM HONRA DE NOSSA SEMHORA CONCEIÇÃO

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
(CLIK em cima das fotos para as poder ver em tamanho normal)

No fim-de-semana passado realizou-se no Corterredor a já tradicional festa em honra da nossa senhora da Conceição.
O dia amanheceu muito bonito e quente para esta época do ano. Embora estivesse um pouco de vento ele até parecia quente!

Os mordomos desta festa este ano foram o Sr. Luciano Lourenço e a sua esposa Zulmira Lourenço.

Por volta das 11 horas foi celebrada a missa pelo nossos pároco padre Carlos em Honra da Nossa Senhor da Conceição na linda capela existente neste aldeia.

O Interior da Capela.

Nossa Senhora e o Sagrado Coração de Jesus.

Nossa Senhora de Fátima

Seguiu-se a procissão que deu a volta a aldeia com os seus santos, Nossa Senhora da Conceição, (padroeira) Nossa Senhora de Fátima e o Sagrado Coração de Jesus. Foi lindo pois tudo correu com muita paz, amor e devoção. Os andores foram transportados pelas pessoas da aldeia uns ali residentes outros que vivem noutros cantinho do nosso país, acompanhados pelo povo da aldeia e outros.

Saída da procissão da capela.

Início da procissão.

A procissão passa nas ruas da aldeia.


A Nossa Senhora está a chegar à sua casa! Adeus até para o ano (Mãe).
Como já é tradição a seguir a esta procissão veio o leilão com as oferendas oferecidas pelos presentes e outros que não podendo estar deixaram ali o seu contributo para angariar dinheiro para os melhoramentos da capela e obras a ela associadas. O leilão correu muito bem, as pessoas compravam e ofereciam as suas oferendas para ali todos reunidos as pudessem saborear. Havia filhós, letria, arroz doce, vinho, broa, queijos, mel, muitas garrafas de bebidas etc.…Enfim foi uma hora ou mais bem passada, embora nos tivéssemos de retirar, pois o almoço esperava-nos cada um em suas casas. A fome já era pouca, mas em dia de festa vai sempre mais uma coisinha.

As oferendas para leiloar.
Está em 30 euros! quem dá mais....

Toca a comer, pois há mais para leiloar...

Que bela broa e filhós.....

Durante a tarde as pessoas divertiram-se na casa de convívio e eu, a minha cunhada Fátima, a irmã e sobrinha da mordoma Zulmira. Fomos para sua casa, ajudar na preparação do jantar (embora ela já tivesse tudo organizado) para o conjunto, e outros convidados que à noite ali se juntavam para jantar.

Agora chegava a hora de aquecer o forno a lenha, para ali cozinhar a chanfana e as batatas assadas e o arroz de pato. Depois, como um docinho sabe sempre bem, ainda confeccionamos as entradas e doces. Não posso deixar de dizer que nunca comi farófias tão boas

Ó Luciano, o forno está quente! Vamos meter as batatas e a carne.....

Que bom aspecto...Estavam uma delícia.

O conjunto SANTISABEL, chegou por volta das 18 horas. Montaram a sua aparelhagem e foram juntar-se a nós na casa dos mordomos, pois estes fizeram questão de lhes oferecer o jantar, e aos familiares mais chegados. Não posso deixar de mencionar, que o pessoal do conjunto adorou o jantar. Diga-se de passagem, que realmente estava tudo uma delícia. Obrigada prima Zulmira e primo Luciano.

Hora de Jantar! A noite ia ser longa, toca a renovar energias....

Por volta das 21 horas o Conjunto SANTISABEL começou a sua actuação na casa de convívio que abrilhantou o baile até ás 2 da madrugada. Foi um dia e uma noite que vou recordar sempre, e penso que todos os presentes também

Excelente conjunto, boas pessoas, bons músicos e cantores.

Cantaram umas das canções mais lindas da noite, mas a cantora verdadeira é a do lado direito...

Nos dias menos bons da vida lembramo-nos das nossas aldeias e destes momentos de convívio com amigos e familiares, e são estas recordações que aquecem o nosso coração, e que fazem com que por momentos nos esqueçamos das coisas menos boas. É nestes dias que vamos buscar força para continuar a lutar no dia-a-dia.

Um bem-haja a todos, e se não for antes no verão, nessa época lá estaremos todos novamente, para desfrutar de mais uns dias de convívio.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FESTA EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA CONÇEIÇÃO - CORTERREDOR



Deixo aqui a noticia que saiu no Jornal o Varzeense do dia 30 de Novembro de 2010, sobre a Festa que se irá realizar no próximo fim-de-semana nesta linda aldeia.
Os habitantes do Corterredor ficam à vossa espera...Não faltes e leva um amigo.
Cliquem em cima da noticia para poderem ler em tamanho normal.

sábado, 4 de dezembro de 2010

CONTO DE NATAL " A BONECA DE MARIA" I

FELIZ NATAL

Queridos leitores:
Resolvi transcrever aqui um dos vários contos inscritos por mim com a simplicidade que sempre coloquei em todos os meus trabalhos. Pois não sou escritora nem poeta simplesmente gosto de escrever no papel aquilo que me vai na alma.
Este Conto de Natal “A Boneca de Maria” inscrito em 2001 retrata um pouco de como era o natal da minha infância, do qual sinto muitas saudades, apesar de não ter tido as comunidades e bem estar dos dias de hoje, no entanto era mais puro, mais autêntico e mais mágico.
O natal dos dias de hoje nada tem a ver com a magia de antigamente, do verdadeiro sentido do Natal, do Nascimento do menino Jesus, que através das escrituras nos diz que nasceu num estabulo e anos mais tarde deu a vida por nós.
Hoje olhamos à nossa volta e o que o que vemos? Correria aos grandes centros comerciais, os encontrões, passamos uns pelos outros e nem nos conhecemos, muitas vezes damos prendas que as pessoas que recebem nadam ligam, nos dias seguintes bem a angustia, pois o dinheiro foi embora e em muitas casas não há que comer. Gere-se as discussões e do Natal já ninguém se lembra. Quem se lembra que nessa noite tantos estão a passar fome?
Meus caros leitores o que os meus pais me transmitiram é que o Natal é família, não interessa as prendas ou o que comemos, mas sim as conversas e a união em família nos fazem crescer e ter forças para enfrentarmos os dias difíceis que estamos a viver.

Espero que gostem do meu conto que hoje aqui deixo só uma parte do mesmo e daqui a uns dias publicarei o resto.
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“A BONECA DE MARIA”
I Parte
Era uma vez uma menina chamada Maria que vivia nas serrarias do Centro deste País com os pais e quatro irmãos.

Desde pequenina que ouvia falar do Natal, do Menino Jesus, que nasceu em Belém nos Reis Magos e na estrela que vinda do oriente anunciou o nascimento do menino Jesus.
Acreditava que ele trazia prendas e as deixava nos sapatinhos das crianças que na véspera de Natal à noite os colocassem na chaminé, para que na manhã seguinte elas fossem buscá-las.

Todos os anos Maria, esperava ansiosamente pela noite de Natal, noite santa, noite em que toda a família se juntava de um modo muito especial, como se estivesse mais unida e feliz por ser aquela em que o Menino Jesus novamente descia à terra.

Quando se aproximava o Natal dizia para os irmãos e os amigos:
Este ano vai haver neve, é tão bonita a neve!

Todos os dias, quando chegava da escola ela ia para o monte com as ovelhas e pedia olhando para o céu:

- Menino Jesus, traz algumas prendas para mim, para os meus irmãos e para todos os meninos da aldeia pois somos pobres e não temos ninguém que nos dê prendas. Só a tua bondade poderá dá-las, e não te esqueças dos meninos de todo o mundo.

No primeiro dia de Dezembro Maria fazia um presépio em sua casa. Como os pais não podiam comprar as imagens, ela fazias com pequenas coisas:
Pedras que ia buscar ao campo para construir a cabana para o menino com telhado de folhas de árvore secas, palhinhas que cortava para armar o berço do Menino Jesus; os Reis magos as casas e os moinhos fazia-os de bocadinhos de madeira que o pai lhe trazia da carpintaria onde trabalhava, o rio era representado por tiras das pratas dos chocolates que os pais lhe compravam de longe em longe, as ovelhas eram uns pedacinhos de lã que retirava do gado que apascentava.

Quando o presépio ficava pronta, Maria olhava-o encantada e pensava que podia haver presépios mais bonitos mas nenhum mais desejado e feito com tanto carinho. Então ajoelhava-se diante dele e pedia ao Menino Jesus a sua prenda: uma boneca que dissesse mamã, para ela brincar com as meninas suas vizinhas e amigas.

Na noite de Natal, já a escuridão avançava com frio e neve, jantava “ era a chamada Ceia de Natal”, com os pais e os irmãos: bacalhau com batatas e couves, filhós polvilhadas de açúcar e canela, tudo com um sabor raro, até as conversas alvoraçadas sobre tudo dos pequenos, que ainda hoje recorda.

Quando todos tinham acabado, a mãe juntava as mãos sobre a mesa e, como se continua-se a conversa, lembrava as pessoas da família que não estavam ali. Havia uns momentos de silêncio. Até as crianças se calavam, talvez pelo olhar terno, calmo que a mãe lançava sobre eles; e em seguida ela mencionava os pais, os amigos mais queridos.

A Mãe acabava por dizer lentamente:
- E não vamos esquecer o meu irmão João, tão meu amigo, que um dia abalou para a América, mas há-de voltar, conforme prometeu ao sair daquela porta.

O pai respondia que esse irmão nunca tornaria aquela aldeia pobre e perdida na serra, só mandava uma carta de longe em longe a dizer que estava bem, Tinha muito trabalho e enviava saudades para todos; Quanto ao regresso, nem uma palavra.
- Há-de voltar, que assim o prometeu, insistia a mãe.

Maria e os irmãos levantavam-se da mesa e iam aquecer-se em redor da lareira acesa;
Junto da chaminé faziam um carreirinho com farinha daí até à porta, para o Menino Jesus ao chegar visse melhor por aquela neve o caminho a seguir para pôr as prendas nos sapatinhos. Cansada e ensonada Maria foi para a cama.

Na manhã seguinte acordava cedo e corria com os irmãos para ver se dentro do seu sapatinho estava a boneca com que tanto sonhara; mas encontrava, ano após ano, umas meias ou uma camisola, porque o Menino Jesus era tão pobrezinho como ela e não lhe podia dar essa boneca: tinha que satisfazer todos os meninos naquela noite. Ela ficava triste, mas quando calçava as meias ou vestia a camisola sentia-as tão quentinhas que logo se esquecia da boneca que tinha pedido.

Tomava o pequeno-almoço e ia com os irmãos e os pequenos vizinhos à missa do Natal agradecer junto do presépio iluminado e colorido, com figuras e barro, as prendas que recebera; de volta a casa tinham de percorrer uns quatro quilómetros, voltavam cansados mas contentes porque em casa os esperava um almoço melhor que nos outros dias; carne assada no forno de lenha, filhós, aletria e arroz doce, todo cozinhado pela mãe e a tia para ela, e para a família que nesse dia se juntava para festejar o Natal.
Quando Maria já era crescida, a mãe e a tia ensinaram-lhe a fazer as suas bonecas: de trapos, com a boca, os olhos, as sobrancelhas bordadas com tanto primor que pareciam princesas.

Depois veio um outro Natal: frio e neve a anunciar que o Menino Jesus iria voltar com o saco cheio de prendas para as crianças. Mais uma vez Maria lhe pediu a boneca tão desejada.
Continua...