domingo, 28 de março de 2010

MUDANÇA DE HORA


Esta noite mudou a hora, vamos entrar na Hora de Verão. Este horário vai manter até ao dia 30 de Outubro de 2010.

Não se esqueça de adiantar o seu relógio em 60 minutos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

INAUGURAÇÃO DO CENTRO DE DIA CORTERREDOR

Aldeia do Corterredor

Centro de Dia


Entrada do Centro de dia

Com a presença da Sr Presidente da Câmara Municipal de Gois Dr.ª. Maria de Lurdes Castanheira, um representante da ARS de Coimbra, o Coordenador da ADIBER de Gois, o Sr. Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Dr. José Cabeças, representantes da Comissão de Melhoramentos do Corterredor, Presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz, além de outras individualidades, vai ser inaugurada no dia 28 de Março de 2010 (domingo) pelas 15 Horas um novo Centro de Dia do Corterredor.

Para esta inauguração estão também convidados todos os residentes e não residente do Corterredor, pois deve ser uma grande honra para este povo, este grande feito.

Este sonho de 14 anos, vai finalmente ser concretizado. Mais uma obra a embelezar esta linda aldeia. O povo do Corterredor está de parabéns.
Este Centro de dia vai permitir para já tomar ali as refeições, almoço e lanche e dar a possibilidade de convívio entre as pessoas. Num futuro próximo outras valências estão previstas para esta casa.
Todos sabemos que um dos maiores flagelas deste século é os idosos! O nosso governo não tem olhado, quanto a mim, por eles como mereciam, alguns são simplesmente mais um. Como sabemos “O maior problema dos idosos é a solidão e nós queremos minimizar-lhes a solidão, esta casa vai estar aberta também para isso.

Sabemos que neste momento os residentes permanentes são poucos, mas se todos se juntarem e fizerem desta casa uma mais valia para a sua aldeia, serão muitos de certeza.
E, como o futuro a Deus pertence, qualquer um de nós poderá vir a precisar dos serviços deste Centro.
Não falte! Corterredor espera por si.
PS. Quem quiser ver mais fotos, pode velas neste blog no texto que publiquei em 24/7/2009 .

quinta-feira, 18 de março de 2010

DIA DO PAI


Dia do Pai constitui uma homenagem aos pais de todo o mundo. Em Portugal o Dia do Pai celebra-se a 19 de Março, o Dia dedicado a São José, pai de Jesus.

Desejo a todos os pais, um feliz dia.

Um poema para o Dia do Pai!


Ter um Pai! É ter na vida
Uma luz por entre escolhos;
É ter dois olhos no mundo
Que vêem pelos nossos olhos!

Ter um Pai! Um coração
Que apenas amor encerra,
É ver Deus, no mundo vil,
É ter os céus cá na terra!

Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeição,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladrão;

Talvez maior, sendo infame
O filho que é desprezado
Pelo mundo; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraçado!

Ter um Pai! Um santo orgulho
Pró coração que lhe quer
Um orgulho que não cabe
Num coração de mulher!

Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O coração que me deste
Ó Pai bondoso é leal!

Ter um Pai! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum céu todo encanto!

Ter um Pai! Os órfãozinhos
Não conhecem este amor!
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor!

Poema de. Florbela Espanca

quarta-feira, 17 de março de 2010

A PÁSCOA



Toca o sino na capela
Surgem foguetes no ar
Põem-se flores na ruela,
Nossa Páscoa vai chegar.

Abrem-se as portas à Cruz
Neste dia tão festejado,
Entre nós vai estar Jesus
Como nosso convidado

E o povo da minha aldeia
Trajando todo a rigor
De casa em casa passeia
Beijando a Cruz do Senhor.

Numa bela comunhão
De pura fraternidade,
Vibra em cada coração
A corrente d'amizade.

Nas casinhas do lugar
Onde a festa nos rodeia,
Encontramos em cada lar
Uma mesa sempre cheia.

Nesta onda de alegria,
Que a Páscoa nos faz viver,
Há sempre durante o dia
Um copito p'ra beber.

E à noite já satisfeitos
Com um grãozinho na asa
Uns tortos, outros direitos,
Todos vão dormir p'ra casa.

Poema de: Rama L Rama

quinta-feira, 11 de março de 2010

"O REGRESSO DOS QUE NUNCA PARTIRAM"


São corpos andantes de brilho cintilante
São almas abertas de luz e liberdade
São espíritos nobres, inquietos
Que navegam na profunda saudade

Carregam amor como se fosse sina
Respiram brisas com narinas serenas
Dão de si o que nunca é sentido
Farejam espaço desconhecido
Quedam-se nos vales das suas penas

Sofrem a dor da sua ausência
De tudo que lhes é querido
Sofrem com outra referência
Não são de cá nem de lá
É a pena do eterno preterido

São ausentes bem presentes
Gastos pela serenidade
Têm sempre o pensamento
No recanto da sua saudade

Poema de: Paxiano

quarta-feira, 10 de março de 2010

A MATANÇA DO PORCO

É uma tradição enraizada na nossa população, mas tal como muitas outras tradições tem vindo a decrescer de dia para dia.
A matança do porco é uma azáfama que envolve sempre amigos e familiares para ajudar. Sendo uma tradição, não deixa de ser um acto violento, e é por isso mesmo, com respeito aos animais e aos visitantes deste blog que não publico algumas fotos que poderão ferir algumas sensibilidades.
Mas a vida é assim mesmo e o nascimento e a morte são actos violentos.
Adiante...
O produto final, ou seja a carne obtida do animal é abissalmente diferente em textura e sabor daquela carne de produção industrial que compramos nos talhos. Estes animais criados com produtos naturais fazem toda a diferença

Chamuscar o porco, que consiste na retirada da pilosidade cerdosa e da primeira camada da derme, das unhas, do focinho e das orelhas.



O inicio da desmancha que obedece a cortes precisos para aproveitamento de todo o animal.

Chambaril colocado nas patas traseiras para pendurar o animal a escorrer, da lavagem e do resto do sangue e para a preparação da desmancha.


A "suã", a parte que envolve a barriga e o peito do porco, já sem pele que será a carne utilizada para uns torresmos de excelência.
A análise das víceras que atestam a boa saúde do animal.

A carne de porco está quente e só no dia seguinte se fazem os torresmos, mas para o dia uma chanfana cozinhada em forno de lenha é a ementa para os familiares e amigos.

Olhem só para este aspecto...

Entretanto, no próprio dia é preciso fazer as chouriças de sangue...este aspecto é assim, até levarem com água quente para não se estragarem adquirindo uma cor escura. Depois são postas no fumeiro a secar.

No dia seguinte, corta-se a carne para preparar as chouriças de carne...e almoçam-se os torresmos e o arroz de fressura....


Os torresmos....

Devo confessar que foi uma bela dieta...
Texto e imagens retiradas do blog "Penedos de Gois"

segunda-feira, 8 de março de 2010

ALDEIA ONDE CRESCEU O MEU PAI...

Arlindo Santa Cruz (meu pai)

Escrever algo sobre a aldeia onde o meu pai nasceu não é difícil, pois é das aldeias mais bonitas de Portugal, é a minha aldeia. Mas antes quero falar do maravilhoso ser que era o meu Pai de nome Arlindo Santa Cruz. Nasceu a 17 de Março de 1932, um dos mais novos de sete irmãos. Homem de estatura baixa, lindos olhos azuis, amigo de todos. Para o meu pai tudo estava bem, de um coração do tamanho do mundo, estava sempre pronto a ajudar o próximo, um grande pai.
O meu pai morreu muito novo, mas deixou-me muitas mensagens (valores) que ainda hoje regem a minha vida, uma delas tem a ver com o dia em que saiu de casa para honrar um compromisso e não mais voltou. No dia anterior tinha se comprometido após muita existência por parte de o antigo patrão em o ir desenrascar e acabar umas janelas que só ele sabia fazer, pois era um excelente marceneiro. No dia seguinte, acordou muito doente e a minha mãe disse-lhe:
-Arlindo não vás trabalhar, estás tão doente! Nós cá nos arranjamos sem esse dinheiro.
Ele respondeu:
-Mulher, eu comprometi-me e já o meu pai dizia que vale mais a palavra que o dinheiro e eu quero honrar o meu compromisso.
Foi ao nosso quarto despediu-se dos filhos e prometeu trazer (chaços) rebuçados. Morreu nesse dia, atropelado por uma mota ao regressar do trabalho.

O meu pai, rumou a Lisboa nos anos 40 para trabalhar numa carpintaria no alto de S. João: “CARPINTARIA MELÃO”. Entretanto, como gostava da minha mãe regressou a aldeia para casar. Mais tarde a minha mãe e a minha irmã mais velha vieram ter com meu pai a Lisboa, mas um ano depois regressaram novamente à aldeia. Foi trabalhar para a oficina que se mudou de Lisboa para Góis e ali viveu até dia 30 de Setembro de 1976 dia em que faleceu. Tiveram 6 filhos, quatro rapazes e duas raparigas.

Falar da aldeia de Cortecega, é dizer que é uma aldeia pequenina, situada no interior de Portugal a 4 km da linda vila de Gois, seu concelho, a 40 km da Cidade dos Doutores Coimbra, seu Distrito. Tem o privilégio de estar rodeada de vales e montes verdejantes, casas de Xisto, pintadas de branco, amarelo e azul, ruas e caminhos limpos. O Rio Ceira passa a seus pés com suas águas límpidas e cintilantes. Recebe vem quem a visita. Agora com poucos habitantes. Mas, já teve muita gente, chegou a haver um grupo folclórico com cerca de 30 elementos todos desta aldeia, éramos todos família, porque todos os irmãos/ãs do meu pai casaram com irmãos/ãs da minha mãe, outros casaram com pessoas da terra, assim, mais tarde os seus descendentes era quase tudo família.

A vida nos anos trinta nas aldeias era muito difícil. Os jovens raramente iam a escola, tinham de trabalhar no campo ajudando no cultivo das terras e guardar o rebanho. Às vezes, quando tinham fome, ordenhavam uma cabra e bebiam o leite com a broa que levavam na sacola. Como não havia energia eléctrica na aldeia, tudo era feito à luz da candeia a petróleo. A água era transportada em bilhas que eram enchidas no chafariz da aldeia.
A alimentação nas aldeias baseava-se no feijão, grão, batata, hortaliça e pão, trigo e milho que eram produzidos pelos próprios habitantes. A carne de galinha e de porco que criavam durante o ano eram as carnes mais consumidas.
Usavam roupa às vezes com remendos, andavam descalços ou usavam botas fortes, feitas nos sapateiros da aldeia, com sebo para não molhar os pés quando ia para o mato ou para o campo. Tinham que ir apanhar mato para pôr nos currais dos animais e depois tiravam o estrume para fertilizar as terras. Era assim a vida nas aldeias onde viveu o meu pai.

Os seus habitantes foram sempre muito unidos. São estes que ainda hoje tudo fazem para que a sua terra tenha as condições necessárias para receber bem quem a visita. Foi construída uma hospedaria “HOSPEDARIA TREPADINHA” com a força vontade e muito trabalho, (pode consultar as fotos no meu Blog). Ao longo do ano são realizados vários encontros, sempre com almoços e festa. As mais relevantes são Festa de N. S. das Neves no primeiro fim-de-semana de Agosto, o Almoço da Amizade em Março/Abril, os Motardes em Agosto, encontro de concertinas e almoço das vindimas em Outubro entre outros.

E, assim fiz um pequeno texto retratando um pouco a aldeia onde nasceu e cresceu o meu pai.
Eugénia Santa Cruz

http://cortecega-eugeniasantacruz.blogspot.com/

ONDE CRESCEU O MEU PAI...

Texto publicado no blog http://www.aldeiadaminhavida.blogspot.com/.
a partir de 14/3/2010. Visite, desfrute da leitura e vote no seu texto preferido.


Publico neste blog o texto a concurso no blog acima mencionadoode com o titulo "Aldeia onde cresceu o meu pai", aqui muito mais desenvolvido pela razão de na blogagem colectiva o texto estar limitado a 25 linhas e falar do homem que foi o meu pai é impossível em 25 linhas.
É perfeitamente compreensível estar limitada, pois muita gente vai querer falar do seu PAI.

sexta-feira, 5 de março de 2010

"DIA INTERNACIONAL DA MULHER"

É com muito prazer que publico aqui um lindo texto que me foi enviado pelo Sr. Adriano Pacheco, (grande poeta e escritor). Pessoalmente gosto da sua poesia e não deixa de ser um conterrâneo do nosso lindo concelho.

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER- UM LONGO CAMINHO
Como vai sendo hábito, comemora-se o dia internacional da mulher a oito do corrente mês, dia em que se homenageia a mulher de todo o mundo, de todas as condições sociais, seja ela mãe, filha ou esposa. Nesta efeméride cabe toda a mulher, seja qual for a sua dimensão: mãe de idade madura onde o sentimento da maternidade é a sua grande força, ou futura mãe, jovem que carrega no seu ventre um filho que sente crescer com toda a protecção maternal. Assim como cabe e se destaca o símbolo da fecundidade que, como todos sabemos, nos humanos, pertence à mulher. Grande responsabilidade a sua!

Derivando para outro plano do tema e fazendo um pouco de história, verificamos com agrado, a sua enorme evolução dentro da sociedade nos últimos tempos. Ainda há bem poucas décadas a mulher, no nosso País, não podia ocupar certos cargos públicos, nem sequer podia exercer o direito de cidadania mais básico: votar. Hoje isso está largamente ultrapassado o que denota uma grande evolução na sociedade. Evolução esta que transborda, em muito, o âmbito restrito do ser humano, ela define e exprime, de forma clara, o estádio da sociedade que vamos construindo. Já ultrapassámos a fase do nevoeiro cinzento.

A sociedade amorfa e tacanha que bem conhecermos, nunca poderia evoluir enquanto não fosse reconhecido à mulher, direitos que só ao homem eram conferidos. Ora como todos sabemos, a humanidade é constituída pelo homem e pela mulher. Sendo assim, o homem nunca poderia ser inteiramente livre, mantendo a mulher arredada desses mesmos direitos, deixando-a subjugada no seu cantinho. Só ambos livres, um ao lado um do outro, poderão construir uma sociedade livre e mais justa. Tudo isto é do conhecimento geral, todavia ainda nos vamos confrontando com situações confrangedoras.

A Democracia só atingirá a sua plenitude quando reconhecer a todos os cidadãos iguais direitos. Isto, na verdade, está consagrado na lei, porém, ainda falta percorrer um longo caminho para que os seus ditames passem à prática efectiva. Basta olhar para a situação do desemprego que estamos a viver o qual não atinge, de igual modo, os dois sexos, nem muito menos todos os estratos sociais com iguais danos. Isto mostra bem a sociedade desequilibrada que temos.

Pese embora toda esta evolução, torna-se inevitável questionar a democracia que temos, sempre que abordamos este tema. E que democracia temos nós? Temos apenas e só uma democracia parlamentar representativa, com toda a ineficácia que bem sabemos. Para se atingir uma democracia em toda a extensão da palavra, ainda faltam muitos passos em frente. Consola-nos a ideia de que vamos dando um passo de cada vez, apesar de nem sempre ser no melhor sentido.

Voltando ao tema do dia internacional da mulher, será bom que todos tenhamos consciência de que é muito importante e positivo, para a sociedade, a evolução da mulher e isso não se mede apenas pelo trabalho que vem desempenhando. Mede-se também pelo contributo da sua inteligência emocional que pode dar, o que é muito importante.

Texto de Adriano Pacheco