quarta-feira, 13 de julho de 2011

II ENCONTRO DE DE POESIA POPULAR

3 comentários:

  1. Paulo Luiz Mendonça.
    Email. pauloluiz41@hotmail.com

    Que bom seria.
    Que bom seria,
    Se não houvesse carcaça
    E nem houvesse fumaça,
    Nem brasa na churrasqueira.
    Os nossos irmãos animais
    Sem dores e medos reais
    Vivendo suas vidas inteira.

    Que bom seria.
    Não ver o sangue correr,
    Nenhum animal perecer
    Ave, suíno, e ruminante.
    Sem urros e sem gemidos,
    Sem animais perecidos
    No fio de um aço cortante.




    Que bom seria,
    Sem nada de violência,
    Nem mesmo interferência
    Somente uma vida plena.
    Entre os seres racionais
    E também entre animais
    A paz reinasse serena.

    Que bom seria,
    Se isso não fosse utopia,
    Nem mesmo uma fantasia
    Na tão sonhadora ilusão,
    Mas me entristece a maldade,
    Mesquinhos poder que invade
    Os descendentes de adão.

    Que bom seria,
    Sem animais como detentos,
    Em grandes confinamento
    Criados pra serem abatidos.
    De maneira tão desumana
    Feitos por mentes insanas,
    De Humanos embrutecidos.

    Que bom seria,
    Se houvesse luz e beleza,
    Que desse a nós a certeza
    Da paz é a doce vivencia.
    Tudo na terra seria candura,
    As almas seriam mais puras
    Com uma vida sem violência.

    Que bom seria.
    Sem a nossa mesquinhez,
    Sem nenhuma estupidez
    Ao tratar nosso semelhante.
    Os nossos irmãos menores,
    Já provaram e são melhores
    Que a nossa mente arrogante.

    Pra que serve a inteligência,
    Que só nos causa carência
    Na vivência do dia a dia
    Fico pensando desolado,
    Dizendo a mim mesmo calado,
    Que bom seria, que bom seria.

    Paulo Luiz Mendonça.


    Nosso passado.

    No passado onde nascemos
    E que nós todos vivemos,
    Num tempo bem divertido
    Pois tudo que tinha outrora,
    Hoje tudo foi se embora
    Tudo de bom foi esquecido.

    Eu lembro do meu passado.
    Com meus pais a meu lado,
    Dando-me amor e bondade
    Hoje me encontro sozinho,
    Perdido excluído do ninho
    Somente a tristeza me invade.

    No passado tinha respeito
    Os homens eram direitos
    Não tinha mal entendido
    Esqueceram a educação
    Tudo esta na contramão,
    O mundo esta decaído.

    No meu tempo de escola,
    Nem se pensava em bola
    Não se esquecia a lição.
    Hoje o moleque atrevido
    Vivendo no mundo falido
    Sem a dádiva da educação.

    Vizinhos se conversavam,
    Sempre se comunicavam
    Com toda paz e harmonia.
    Hoje nem se conhecem,
    O seu nome até esquecem
    E as ruas todinhas vazias.

    O sol já estava entrando,
    Muitos visinhos chegando
    Pra conversar no portão.
    Tudo isso ficou no passado
    Todos em casa enfurnados
    Em frente a televisão.

    Os programas que tem agora,
    Nem se compara os de outrora
    Na pureza e simplicidade.
    Um canal só crimes na tela
    No outro infames novelas
    Dando ao povo mediocridade.

    Sei que isso é caso perdido,
    Não pode ser mais corrigido
    O que vale é poder e dinheiro.
    Nosso cérebro já foi deturpado
    O mal já foi todo implantado
    Na mente de nós brasileiros.

    Paulo Luiz Mendonça.

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  2. Email, pauloluiz41@hotmail.com

    O que preferes.

    O que preferes,
    Da melancia o vermelho do interno,
    Ou o puro verdor da parte que se expõe.
    Buscando no fruto o sabor do seu mel
    E no ser humano, a beleza exteriorizada
    Ou a essência bela da vida enclausurada

    O que preferes.
    Os raios do sol que emanam luz.
    Ou a água pura que da vida e forma
    Cujo fruto rasteja preso a úmida terra,
    Com a mãe natureza o acalentando
    Dando-lhe a doçura a qual nos consola

    O que preferes
    Humanos, com nula inteligência
    A qual se prende na aparência.
    Demonstrando seu falso valor.
    Os quais se fundem na realidade
    Buscando na falsa humildade
    Pequeninas partículas de Deus

    O que preferes.
    As alardeadas mentiras que proferem
    Demonstrando seu infinito saber
    Ou a verdade engrandecida e pura
    As quais demonstram quando dizem
    Nada saber sobre a existência de Deus.

    Paulo Luiz Mendonça, autor do livro, Crônicas, Indagações e Teorias. Editora Scortecci






    O caboclo.

    Ao sabor do vento que assobia
    A chama do candeeiro rodopia,
    Na choça retorcida pelo tempo
    O caboclo solitário, entristecido
    Matutando pensamentos iludidos.
    Recordar tempos idos é seu alento.

    Do passado só lembranças vans,
    Tudo se foi ao sabor do entardecer.
    Rege a sombra da vida em seu perfil,
    Estampam-se na mente, gravuras mil
    Delineando a tristeza do seu ser

    Encarando o presente em destroços
    Repudiando o passado rebuscado
    Arrependido de gestos e fracassos
    Nas palavras absurdas proferidas
    Que tirou-lhe o som melodioso
    Do saudoso realejo do passado.

    Paulo Luiz Mendonça.

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  3. Email, pauloluiz41@hotmail.com

    Tudo está mudado.

    Caboclo vivia no mato
    Bem longe do arraial,
    Bebia água na cacimba,
    Agora só quer mineral.

    Tudo passa tudo muda
    Hoje tudo é diferente,
    Até cachorro de madame
    Ta pensando que é gente.

    Tem macaco inteligente
    Vivendo só na mamata,
    Tem até cavalo de rico
    Já querendo usar gravata.

    Não espante minha gente
    Daquilo que vou contar,
    Tem até velho sem dente
    Louquinho pra namorar.

    Tem gente que até duvida
    Que o mundo ta diferente,
    Verão todos o que acontece
    Nos anos daqui pra frente.

    Deus me livre do futuro
    Não quero mais emoção,
    Conhecer gente sem graça,
    Desprovida de educação.

    Dos políticos eu nem falo
    Com medo de repressão,
    Eles são bons especialistas
    No que tange a corrupção.

    Com mentiras e evasivas
    Dizem não ter feito nada,
    A justiça não funciona
    São todas carta marcada.

    Todos os apadrinhados
    Com amigos no poder,
    Levam sua vida tranqüila
    Até mesmo sem merecer.

    Seu voto já esta reservado
    Ao seu político protetor,
    Lucro é só de quem vende
    Para o país não tem valor.

    Coitado dos pobrezinhos
    Que é sempre a maioria,
    Buscam eles ajuda do céu
    Pedindo a virgem Maria.

    A ajuda que nunca chega
    Só canseira e enganação.
    Os pobres sem esperança
    Perdem a fé e a devoção.

    Padres, pastores, rabinos
    Dizem com toda euforia,
    Deixem de lado a riqueza
    Pois isso tudo é fantasia.

    O pobre coitado que sofre
    Num país com tanta riqueza,
    Não quer saber de conversa
    Só quer o pão sobre a mesa.

    Simplistas são estes versos
    Não sei se se tem comoção,
    Palavras tirei da minha alma
    E as rimas do meu coração.

    Paulo Luiz Mendonça.

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